1. Introdução - O problema da violência e da
criminalidade é um fenômeno mundial. De acordo com a Organização Mundial de
Saúde, as mortes por causas externas correspondem a grande parcela de óbitos em,
praticamente, todos os países do mundo, ocupando, quase sempre, a segunda ou
terceira colocação (WHO, 2003).
Porém a distribuição dos crimes quanto aos locais de concentração e ao tipo de
causa é diversa.
No Brasil, a violência e a criminalidade violenta
cresceram muito a partir de meados da década de 1980. A insegurança pública
passou a se constituir um grande obstáculo ao exercício dos direitos de
cidadania, principalmente nas grandes metrópoles brasileiras.
Além dos homicídios, milhares de pessoas perdem suas vidas no Brasil por
outras causas.
O
total de causas externas (que, além de homicídios, inclui também acidentes,
suicídios e outras causas não naturais) provocou no país cerca de dois milhões
de mortes de 1980 a
2000 — o equivalente à população de Brasília. Em 82,2% dos casos (1,7 milhões),
as vítimas foram homens. Em 2000, as causas externas foram a segunda maior
causa de morte no país (14,5% do total de mortes), junto com as neoplasias
malignas (14,9%). Na distribuição dos tipos de causas externas, os homicídios
vêm aumentando sua participação, enquanto a dos acidentes de trânsito vem
caindo. Entre 1991 e 2000, a
proporção de mortes por acidentes de transporte, no total de causas externas,
caiu 10,4%, passando a 25% do total, enquanto a de homicídios cresceu 27,2% e
chegou a 38,3% do total. (Síntese dos Indicadores Sociais, 2003 – IBGE).
Há que se registrar uma enormidade de violências, muitas delas não
computadas pelas estatísticas oficiais, mas que geram danos incalculáveis e
muitas vezes irreparáveis às vidas das pessoas e das comunidades. Isso sem
contar os custos da criminalidade.
Com medo da violência urbana e não confiando nas instituições do poder
público encarregadas na implementação e execução das políticas de segurança,
percebe-se uma evidente diminuição da coesão social, o que implica, entre
outros problemas, na diminuição do acesso dos cidadãos aos espaços públicos; na
criminalização da pobreza (à medida que setores da opinião pública estigmatizam
os moradores dos aglomerados urbanos das grandes cidades como os responsáveis
pela criminalidade e violência); na desconfiança generalizada entre as pessoas,
corroendo laços de reciprocidade e solidariedade social; na ampliação de um
mercado paralelo de segurança privada, dentre outros dilemas sociais.

Várias pesquisas têm demonstrado que o recrudescimento da violência e da
criminalidade no Brasil tomou contornos perigosos, com repercussões das mais
diversas na sociedade. “A violência tem se tornado um flagelo para toda a
sociedade, difundindo sofrimento, generalizando o medo e produzindo danos
profundos na economia” (Soares, 2004,
p. 130).
2. Um olhar retrospectivo - Três problemas, entre outros, podem ser apontados
como variáveis importantes na relação entre criminalidade, segregação
socioespacial e a concentração dos crimes nas grandes cidades: (a) as
deficiências do sistema de justiça criminal brasileiro; (b) o adensamento
populacional das metrópoles num curto espaço temporal; (c) o exponencial
aumento do tráfico de drogas.
É preciso considerar, ainda, que o sistema de justiça criminal brasileiro
(judiciário, polícias, sistema prisional) foi montado dentro de uma perspectiva
punitiva e liberal que, historicamente, age de forma autoritária, privilegiando
o patrimônio das elites sociais e econômicas, criminalizando a pobreza, limitando
o acesso à Justiça de forma seletiva e excludente.
A
sociedade brasileira é, historicamente, uma sociedade impotente, cimentada com
uma cidadania precária e de superfície. Sociologicamente, é nesses cenários que
a violência se difunde. Não devemos esquecer que esta sociedade foi edificada
sobre a desigualdade profunda das três escravidões que tivemos: a escravidão
indígena, oficialmente extinta em meados do século 18; a escravidão negra,
oficialmente extinta em 1888; e a escravidão por dívida, ou peonagem, que
nasceu e proliferou em conexão com o fim da escravidão negra e que se arrasta
até hoje (temos cerca de 20 mil escravos reconhecidos). As escravidões, no
nosso caso, foram possíveis unicamente através da violência física, por meio da
qual os cativos eram e são subjugados. A sociedade brasileira se dividiu
historicamente entre os que batiam e os que apanhavam. Na escravidão que ainda
persiste tem havido casos comprovados de coação física por meio da chibata, da
tortura, da humilhação física e até da morte exemplar para aterrorizar os
demais trabalhadores. A violência no Brasil não é endêmica, é estrutural,
constitutiva. Não é uma doença. É uma anomalia histórica. Mesmo brasileiros que
acham que não têm nada com isso usam cotidianamente um vocabulário no trato
pessoal que vem da cultura da violência e do passado. Os mecanismos sociais que
requerem elos sociais violentos sobrevivem do passado e se atualizam. Todos,
sem exceção, foram educados nessa cultura de minimização física do outro. Nossa
mentalidade nacional e nossa identidade estão impregnadas de violência.
(Martins, 2007).
Entre as décadas de 1950 a 1980, houve uma
radical inversão na estrutura social brasileira: em 1950, 80% da população
estava no campo e 20% nas cidades. Hoje, os indicadores apontam o contrário. Em
1970 éramos “90 milhões em ação”. Hoje, somos mais de 200 milhões de
brasileiros, quase 80% morando nas cidades. Esse enorme aumento da população, somado ao inchaço das cidades,
principalmente das regiões metropolitanas, causou uma evidente saturação da
coesão social nos grandes centros urbanos, facilmente visível quando observamos,
por exemplo, a frágil estrutura do estado na execução das políticas públicas e
sociais nas periferias das metrópoles.
A análise
do espaço urbano, principalmente das grandes cidades, Gomes (2005) pondera que a questão da criminalidade merece especial atenção na medida em que o aumento
da violência e dos crimes se refletiu na configuração espacial, transformando consideravelmente a
paisagem urbana.
De acordo
com Maricato (2000), um dos indicadores mais expressivos da piora nas condições
de vida urbana é o aumento da criminalidade a patamares antes nunca vividos no
Brasil.
Ramão,
referindo-se a Souza (2004), aponta que
as condições de conquista de uma maior
autonomia individual e coletiva, pré-requisitos para um desenvolvimento
socioespacial autêntico, têm sido minadas pela violência, pelo crescente
sentimento de insegurança e por aquilo que é o vetor resultante disso tudo, que
é a deterioração do clima social no cotidiano, com a disseminação da
desconfiança, do medo e de agressividade. As grandes disparidades sociais e
espaciais (concentração de renda, segregação e auto-segregação) ajudam a formar
o caldo de cultura da criminalidade urbana violenta, ainda que não a expliquem
de modo simples e linear. A associação entre exclusão e criminalidade com o
processo de urbanização demonstram que esta gera a impessoalidade das relações
urbanas (Ramão, 2010, p. 211).
Em relação ao tráfico de drogas, responsável por significativa
vitimização nas grandes cidades brasileiras, Zaluar (2007) resume bem o que
aconteceu no Brasil, nos últimos anos:
A demanda por drogas seria decorrente de mudanças nos
estilos de vida, que, por sua vez, teriam modificado o "consumo de
estilo", que é muito mais caro do que o consumo familiar, ou seja, as
despesas familiares relacionadas aos modelos seguros das famílias de
trabalhadores e de classe média (Sassen, 1991). O comércio de drogas pode ser
considerado o setor ilegal da distribuição de bens e serviços do que se
denominou "consumo maciço de estilo". Isso favoreceu igualmente o
aumento impressionante verificado em certos crimes contra a propriedade (furtos
e roubos) e contra a vida (agressões e homicídios) (UNDCP, 1997). (...) De
fato, uma revolução nos modelos de consumo também chegou ao Brasil. Uma pletora
de bens de consumo, estilos de consumo sempre renovados e imensos centros de
lazer e de consumo foi a principal mudança visível. Os valores culturais
acompanharam tais mudanças nas formações subjetivas: valores individualistas e
mercantis selvagens se disseminaram durante os anos 1970 e 1980, traduzidos
pelas expressões corriqueiras "fazer dinheiro fácil" e "tirar
vantagem de tudo". Ou seja, a sociedade brasileira, pode-se dizer, foi
colonizada pelo mercado que passou a carecer dos limites morais usualmente
fornecidos pelo social. Como uma atividade ilegal e invisível, que favorece
isso, o comércio de drogas faz parte desse novo ambiente social, econômico e
cultural. (...) As conseqüências do florescimento de tais negócios ilegais no
Brasil, assim como os estilos que aqui adquiriram não são explicados apenas
pelas modificações havidas no consumo nem pela pobreza. Visto que as
desigualdades nos planos social, econômico e institucional continuam, essas
novas formas mundiais de atividades econômicas ilegais e violentas não podem
ser consideradas estratégias de sobrevivência para os jovens que morrem antes
de ter 25 anos. Os efeitos combinados da
pobreza e da urbanização acelerada, sem que houvesse um desenvolvimento
econômico necessário para oferecer emprego urbano aos migrantes e aos trabalhadores
pobres, não são suficientes para compreender os conflitos armados que matam
homens jovens (p.34 – 35 – grifo nosso).
Analisando os problemas das
metrópoles brasileiras, Ribeiro (2004) nos alerta que,
(as metrópoles) estão concentrando hoje a questão
social, cujo aspecto mais evidente e dramático é a exacerbação da violência. Há
dez anos, a violência nas periferias era outra. Havia cerca de 30 homicídios
por 100 mil habitantes. Hoje, nas áreas mais violentas, o número de homicídios
já atinge índices similares aos verificados em países em guerra. O aumento da
violência nas metrópoles guarda fortes relações com o processo de segmentação
sócio-territorial em curso – que separam as classes e os grupos sociais em
espaços da abundância e da integração e em espaços da concentração da população
vivendo múltiplas situações de exclusão social – e acaba por constituir-se hoje
em desvantagens locacionais de algumas metrópoles, ao produzir condições
econômicas e institucionais que bloqueiam sua capacidade produtiva, com
impactos no emprego e na renda. Estima-se, por exemplo, que a violência gera um
custo anual de 13,4 bilhões de reais nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e
Belo Horizonte, o que representa aproximadamente 6% do PIB dos respectivos
estados (p. 9-10).
Ao destacar o adensamento populacional das metrópoles brasileiras estamos
simplificando um problema que parece ser comum nos grandes centros urbanos de
países em
desenvolvimento. Segundo reportagem da Revista Época,
“as cidades não param de crescer – e as que mais crescem são as do Terceiro Mundo.
De acordo com projeções da agência Habitat, órgão da ONU que estuda as questões
de habitação, das dez maiores metrópoles do mundo em 2010, apenas duas – Tóquio
e Nova York – estão situadas em países desenvolvidos. (...) Em todo o planeta,
aproximadamente um bilhão de pessoas vivem hoje em barracos sem água potável e
saneamento básico nos subúrbios das grandes cidades – desse total, cerca de 200
milhões tornaram-se favelados há menos de dez anos. Em 2030, serão dois bilhões
de pessoas vivendo em bolsões de pobreza”.
3. Criminalidade e segregação socioespacial - Como já apontado em outro post, neste blog, enquanto a criminalidade violenta - principalmente aquela associada ao
incremento do tráfico de drogas nas favelas das grandes cidades - não atinge os
segmentos médios e abastados, o problema não repercute com tanta urgência na agenda pública das
prioridades governamentais.
Não obstante, os estudos sobre segregação socioespacial têm apontado não somente para o problema da criminalidade na grandes cidades, mas também para as desigualdades
como fator que diminui as oportunidades de mobilidade social, acesso ao
emprego, estreitamento dos horizontes de oportunidades para os pobres e o
aumento da violência urbana. Portanto, os estudos sobre a relação entre criminalidade e segregação socioespacial são de grande
utilidade para o planejamento e implementação de políticas públicas que
atuariam na distribuição de renda, no provimento de moradias populares em
diferentes áreas das cidades, com políticas focalizadas para os grupos mais
vulneráveis que, por exemplo, legalizem os espaços urbanos das favelas com
melhorias de infraestrutura e provimento de equipamentos públicos, entre outras
ações.

4. O que o Estado pode fazer? Analisando políticas estruturais, que interfiram nas dinâmicas da
criminalidade associadas à segregação e exclusão social, Torres e outros (2003, p. 21) ponderam que “é
muito importante entender que, se a segregação pode ser gerada por ações governamentais,
também é verdade que o Estado tem condições de mitigar esse efeito, criando
políticas públicas de integração social e espacial.” Estes autores apresentam
dois grupos de ações governamentais que podem se constituir como estratégias de
intervenção sobre o espaço urbano. São elas:
(a) políticas governamentais relativas ao espaço construído (regulação
urbana, investimento em infraestrutura urbana nas partes da cidade habitadas
pelos pobres). Essas políticas podem
incentivar processos de mobilidade espacial que operam
na direção oposta dos padrões de segregação, misturando as pessoas; também
podem dirigir as futuras ações governamentais para determinadas regiões da
cidade que são consideradas prioridades sociais, melhorando as condições das periferias,
favelas e cortiços e, assim, reduzindo a diferença entre os grupos sociais
(Fernandes, 1998; apud Torres e outros, 2003, p. 21).
(b) políticas sociais “espacialmente organizadas”- incluem um conjunto de
políticas públicas (educação, saúde, assistência social, esportes, cultura e
lazer), “criando e transformando o espaço social, pois a localização de seus
equipamentos (e suas diferentes características de inserções no espaço) definem
as condições de acesso dos vários grupos sociais que habitam na cidade” (Torres
e outros, 2003, p. 22).
Kaztman (2001), num estudo sobre transformações na estrutura social de
países latinoamericanos, aponta para a questão do isolamento social dos pobres
urbanos. Para este autor, o resultado dessas transformações
debilitam os vínculos dos pobres urbanos com o mercado
de trabalho e se estreitam os âmbitos de sociabilidade informal com pessoas de
outras classes sociais, o que conduziria a seu progressivo isolamento (Kaztman,
2001, p. 171, tradução nossa).
Este autor afirma que “a pobreza
urbana socialmente isolada se constitui no caso paradigmático da exclusão
social”. Há um tripé que propicia o isolamento social dos pobres urbanos:
segregação residencial, do trabalho e educacional. A exclusão dos pobres fica
patente na segmentação do trabalho (precarização do emprego); segmentação
educativa: “se os ricos vão aos colégios dos ricos, se a classe média vai aos
colégios da classe média e os pobres aos colégios dos pobres, parece claro que
o sistema educativo pouco pode fazer para promover a integração social e evitar
a marginalidade, pese os seus esforços para melhorar as oportunidades
educativas dos que têm menos recursos” (p. 177). Ademais, “crer unicamente que
os méritos vão ajudar a mobilidade social é um ficção que só se cumpre em
situações extraordinárias” (p. 177). Há, ainda, a segregação residencial “que
se refere ao processo pelo qual a população das cidades vão se localizando em
espaços de composição homogênea”, com verificável “concentração dos pobres em determinados
bairros das cidades” (p. 178).

O Estado
tem o poder de intervir no espaço urbano com obras públicas como investimentos
na construção e melhoria das habitações populares o que poderia atuar
fortemente sobre a formação de guetos urbanos (tanto os condomínios que
segregam os ricos, quanto as favelas, que segregam e marginalizam os pobres).
O Estado também pode incentivar ou não incentivar a
universalidade no uso de serviços básicos como o transporte, a segurança
pública, a saúde e a educação, fazendo maiores ou menores esforços para manter
sua qualidade e deixando mais ou menos liberado ao jogo da oferta e da demanda
a possibilidade de adquirir esses serviços no mercado, opções que têm óbvias
implicações sobre a probabilidade de deserção das classes médias e altas do
âmbito público (Kaztman, 2001, p. 183).
Este autor apresenta como conclusão de suas investigações um rol de
experiências bem sucedidas que podem intervir na tendência segregacionista das
grandes cidades. São iniciativas de integração social, desenhadas para este fim
com elaboração de políticas públicas setoriais que
afetam as medidas do ordenamento urbano, a seleção de
beneficiários de conjuntos habitacionais subsidiados, a defesa da qualidade dos
serviços públicos e a promoção de espaços que estimulem os contatos informais
entre as classes. Seu exame minucioso permitirá selecionar aquelas que melhor
se ajustem aos recursos e as características singulares de cada sociedade
(Kaztman, 2001, p. 188).
Assim,
fica claro que os investimentos das políticas públicas voltadas para o
enfrentamento da questão da violência associada à segregação socioespacial nas
cidades brasileiras deveria considerar um rol de ações (projetos
e programas) que enfrentem os dilemas da exclusão socioespacial dos pobres,
atentando, também, para o aperfeiçoamento das agências do sistema da justiça
criminal. Ou seja, políticas públicas de segurança e políticas sociais
conjugadas com intervenções nos espaços urbanos segregados das cidades.
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[2] A classificação de crimes violentos que adotamos se
refere aos seguintes delitos: homicídio, homicídio tentado, estupro, roubo,
roubo a mão armada, roubo de veículos, roubo de veículos a mão armada e sequestro.
Especificamente, estamos preocupados com o impacto do aumento dos homicídios.