Os fascistas de plantão (na
mídia, nas ruas e nas redes) sempre deixam externar, nos seus comentários e
suas meias-verdades, que desejam vingança e nunca justiça.
Outrora, defendiam a berros, à la
merval, a transparência nas divulgações das delações, quando atingiam
sobremaneira o PT. Porque não querem justiça e, sim, vingança, agora, dado que
a camarilha golpista, que apoiam, está toda atolada no lamaçal da corrupção, a
começar pelo presidente, seus ministros e seus apoiadores - inclusos os tucanos
bicudos e de alta plumagem -, os fascistas acham "justo" a chefe da
suprema corte, em mais uma ação discricionária e digna de repulsa, decretar
sigilo nas delações da Odebrecht.
A Constituição Federal garante o
interesse público e ressalta o direito da sociedade de ter informação sobre
processos penais. Entendo que, enquanto prevalece, como regra geral, o
princípio da publicidade dos autos, não se pode, com falácias, utilizar de
outra estratégia. Só cabe sigilo em processos que invadam a intimidade das
partes, conforme estabelecido em lei.
Enquanto o STF USAR DE DOIS PESOS
E DUAS MEDIDAS NAS SUAS AÇÕES não temos nenhum dever de acreditar na isonomia e
no interesse da justiça, na justiça.
Temos todo o direito de duvidar e
colocar sob suspeita os atos de quaisquer juízos, do primeiro ao mais elevado
grau, que, usando de argumentos AD BACULUM ou altamente questionáveis, queiram
mostrar eficiência para contentar gregos e troianos, como se a justiça fosse
uma donzela da casa vermelha a agradar clientes de todos os gostos e desejos...
Às vésperas da eleição das mesas
diretoras da Câmara e do Senado, quando se monta nova estratégia parlamentar
para dar sustentação ao governo golpista, o Supremo, mais uma vez, mostra que
colabora e dá respaldo a consolidação da ruptura democrática. Que fique
registrado à história de qual lado a mais alta corte e a juristocracia
tupiniquim sempre estiveram...
Infelizmente, do poder
judiciário, historicamente o menos transparente e mais avesso à publicidade e à
prestação de contas ao povo, pode-se esperar tudo, inclusive nada.
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