1. Moro, Dellagnol, TRF4, ministros do STF et caterva são membros do sistema de justiça. Esse sistema, historicamente, é uma casta, que existe para proteger elites (inclusive progressistas e das esquerdas) e seus interesses (salvo exceções). (Veja o estudo do professor catedrático Fábio Konder Comparato, intitulado "O poder judiciário no Brasil", publicado no Instituto Humanitas, da Unisinos).
1.1. Moro é a "cara", escancarada, desse sistema que, cotidianamente, massacra todos aqueles que são os "descartáveis". É só verificarmos como funciona a justiça criminal ou como são tratados os sonegadores de impostos neste país...
1.2. Sem uma profunda reforma no sistema de justiça (poder judiciário, MP, polícias, penitenciárias) continuaremos a ter uma sociedade estruturalmente injusta e violenta e socialmente iníqua.
2. O sistema de justiça associado ao militarismo no Brasil, desde a fantasiosa proclamação da República, sempre tutelaram o país. Essas duas castas (jurídica e militar) nunca se submeteram às Constituições (a não ser nos momentos que lhes interessavam). Operam como estados paralelos, inclusive nos governos progressistas.
3. Sistema de justiça e militarismo, desde o início do século XX, sempre foram sabujos dos norte-americanos e têm na mídia empresarial o modus operandi para manipular e controlar a opinião pública, promovendo golpes quando pactos entre elites não lhes interessam. A criação da #Globogolpista durante o regime militar coroou esse acordão.
4. Historicamente, e mesmo durante governos progressistas, a democracia de fato (ou seja, a vivência efetiva dos direitos civis, políticos, sociais, culturais....) nunca atingiu mais de 40% dos brasileiros. A grande maioria do nosso povo sempre viveu numa subcidadania. A violência estrutural, a justiça seletiva e a naturalização desde estado de coisas (pela educação, mídia, religião, etc) sempre impediram qualquer possibilidade de reformas estruturais ou um processo revolucionário verdadeiramente includente, a criar um estado de bem estar social para o conjunto da população.
4.1. Mesmo durante governos progressistas só se implementaram reformas incrementais, sem atingir as estruturas historicamente perversas e iníquas da nossa sociedade e do estado.
5. O governo ultraliberal e de extrema direita que chegou ao poder graças a um golpe e uma guerra híbrida e semiótica, com apoio das elites predatórias deste país, aposta numa revolução ultraconservadora, a promover rupturas profundas no já esgarçado tecido social, nas fragilíssimas instituições sociopolíticas, radicalizando a exclusão social e promovendo a morte como lenitivo à nova fase de hiperexploracão capitalista tupiniquim: um necrogoverno.
6. Por isso, é preciso, mais que nunca, ter consciência da gravidade da situação, sem esperanças vãs, para se buscar uma saída potente via articulação e ação das forças sociais, historicamente resistentes num país que sempre foi marcado pela exclusão, silenciamento, dominação e eliminação da maioria de seus cidadãos.
(DE: Robson Sávio Reis Souza, em seu Facebook).
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