Fotomontagem. Da esquerda para a direita: Papa Francisco com Esquivel; com Letícia Sabatela e a juíza Kenarik; com os bispos do CELAM e, finalmente, recebendo o livro "Resistência ao Golpe") |
Nos
últimos dois meses, de fontes diversas e confiáveis, ignoradas solenemente pela
mídia golpista, ficamos sabendo da preocupação do Papa Francisco com a situação
política do nosso país. (Aliás, desde o início do ano passado o pontífice já
teria se manifestado várias vezes junto a órgãos da igreja católica no Brasil acerca
de sua apreensão com o desenrolar da crise política e econômica).
No
final de abril, o escritor argentino Adolfo Pérez Esquivel, prêmio nobel da paz
em 1980, revelou, em entrevista ao jornalista Darío Pignotti, do jornal Página 12, que levou à presidenta Dilma
Rousseff o apoio do Papa Francisco: “o papa Francisco está muito preocupado com
o que está acontecendo no Brasil; tudo isso vai trazer consequências negativas
para toda a região e teremos um grave retrocesso democrático”.
Ainda,
segundo Esquivel, numa conversa sobre os acontecimentos no Brasil, o Papa
afirmou que o impeachment não passa
de um golpe brando. O papa também teria lhe dito que Dilma é uma mulher honesta,
denunciada por corruptos.
Poucos
dias depois, em 9 de maio, a atriz Letícia Sabatella e a juíza Kenarik
Boujikian Felippe participaram de um encontro oficial com o papa Francisco, no
Vaticano. Na ocasião, entregaram a ele uma carta denunciando a ilegalidade do impeachment da presidenta. A carta foi
assinada pelo advogado Marcello Lavenère, membro da Comissão Justiça e Paz, um
organismo ligado a Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB). O texto
considera o impedimento de Dilma um “golpe parlamentar de Estado”, manipulado pela
mídia, sem fundamento legal e afirma que essa conjuntura poderá afetar outros
países da América Latina. Na ocasião, o Papa, novamente, teria expressado inquietação
com o desenrolar do processo golpista.
Em
19 de maio, numa reunião com a presidência do Conselho Episcopal
Latino-americano (CELAM) – órgão colegiado dos bispos de toda a América Latina
– o Papa Francisco, mais uma vez, advertiu que pode estar acontecendo
"golpes de estado suave” em alguns países da região, notadamente se
referindo às deposições arbitrárias de presidentes ocorridas em Honduras,
Paraguai e, agora, em curso, no Brasil. Na ocasião, Francisco expressou sua preocupação
com os problemas sociais dos países da América Latina em geral.
Num
encontro com juízes no Vaticano, nesta sexta, 03 de junho, o Papa Francisco
recebeu um exemplar do livro “A resistência ao golpe de 2016”, das mãos do procurador
de Justiça Rômulo de Andrade Moreira, da Bahia.
Nenhum
dos acontecimentos acima mencionados foram desmentidos pelo Vaticano. Portanto,
podemos concluir que são informações fidedignas.
O
Papa Francisco tem demonstrado, em reiteradas ocasiões, sua angústia em relação
a uma onda direitista e neoliberal que está eliminando em diversos países as
conquistas sociais alcançadas nas últimas décadas. Neste sentido, o Papa tem
advertido com toda a firmeza acerca dos governos serviçais da atual fase do
capitalismo rentista, especulativo e concentrador de riqueza e renda. Trata-se
de um modelo político-econômico da “economia que mata”, do “capital
transformado em ídolo”, da “ambição sem limites do dinheiro que comanda” tudo,
nas palavras do Pontífice. Ora, o governo interino brasileiro encaixa-se
milimetricamente nessa categoria.
Francisco
já deixou claro que “a distribuição justa dos frutos da terra e do trabalho humano
não é mera filantropia; é um dever moral”. No encontro com movimentos
populares, na Bolívia, ano passado, exclamou: "Digamos sem medo. Queremos
uma mudança real, uma mudança de estruturas. Este sistema já não se aguenta, os
camponeses, trabalhadores, as comunidades e os povos tampouco o aguentam.
Tampouco o aguenta a Terra, a irmã Mãe Terra, como dizia São Francisco".
No
caso brasileiro, acrescente-se o fato de o papa conhecer a presidenta Dilma.
Ele certamente sabe que, apesar de erros na condução do governo, trata-se de
uma mulher honesta e honrada. Situação diametralmente oposta em relação às
coalizões que tocaram o “golpe brando”, formadas pelos grupos empresariais,
políticos, midiáticos, judiciários e elitistas que, historicamente, sempre se
locupletaram às custas do suor, da dor e do sacrifício dos pobres e dos
trabalhadores brasileiros. Como revelara a Esquivel, “Dilma é uma mulher
honesta, denunciada por corruptos”.
Conhecedor
da história, do sofrimento e da exclusão social dos pobres, dos trabalhadores e
das minorias nos países latino-americanos, o Papa não se omite em posicionar
contrariamente ao “golpe brando” que, articulado através de conchavos de elites
e em flagrante desrespeito ao voto popular, impõe no Brasil um governo
neoliberal e elitista, comprometido com os interesses do capital e não das
pessoas.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e o momento atual
Se por um lado o Papa Francisco tem deixado transparecer seu
incômodo acerca do golpe brando em
curso, o que acontece em relação a hierarquia católica brasileira?
Durante
o ano passado e até o mês de abril deste ano, antes do início do processo de
impedimento, a CNBB divulgou uma série de notas oficiais sobre o momento
político nacional.
Em
8 de dezembro de 2015, um comunicado do episcopado brasileiro afirmava: “neste
momento grave da vida do país, a CNBB levanta
sua voz para colaborar, fazendo chegar aos responsáveis o grito de dor
desta nação atribulada, a fim de cessarem as hostilidades e não se permitir qualquer risco de
desrespeito à ordem constitucional. Nenhuma decisão seja tomada sob o
impulso da paixão política ou ideológica. Os direitos democráticos e,
sobretudo, a defesa do bem comum do povo brasileiro devem estar acima de
interesses particulares de partidos ou de quaisquer outras corporações. É
urgente resgatar a ética na política e a paz social, através do combate à
corrupção, com rigor e imparcialidade, de acordo com os ditames da lei e as
exigências da justiça”. (Grifos nossos).
Outra nota, de 28 de outubro de 2015, conclamava:
“somos todos convocados a assegurar a governabilidade que implica o
funcionamento adequado dos três poderes, distintos, mas harmônicos; recuperar o
crescimento sustentável; diminuir as
desigualdades; exigir profundas transformações na saúde e na educação;
ampliar a infraestrutura, cuidar das
populações mais vulneráveis, que são as primeiras a sofrer com os desmandos e
intransigências dos que deveriam dar o exemplo. Cada protagonista terá que
ceder em prol da construção do bem comum, sem o que nada se obterá. É preciso garantir o aprofundamento das conquistas sociais com
vistas à construção de uma sociedade justa e igualitária. Cabe à sociedade civil
exigir que os governantes do executivo, legislativo e judiciário recusem
terminantemente mecanismos políticos que, disfarçados de solução, aprofundam a
exclusão social e alimentam a violência, entre os quais o estado penal
seletivo, as tentativas de redução da maioridade penal, a flexibilização ou
revogação do Estatuto do Desarmamento e a transferência da demarcação de terras
indígenas para o Congresso Nacional.” (Grifos nossos).
Em
10 de março deste ano, novamente uma nota oficial da entidade pontuava:
“importante se faz reafirmar que qualquer
solução que atenda à lógica do mercado e aos interesses partidários antes que
às necessidades do povo, especialmente dos mais pobres, nega a ética e se
desvia do caminho da justiça”. (Grifos nossos).
A
última das notas sobre o momento político, datada de 13 de abril, durante a
realização da 54ª Assembleia Geral da entidade, afirmava: “a forma como se
realizam as campanhas eleitorais favorece um fisiologismo que contribui
fortemente para crises como a que o país está enfrentando neste momento. Uma das manifestações mais evidentes da
crise atual é o processo de impeachment da
Presidente da República. A Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil acompanha
atentamente esse processo e espera o correto procedimento das instâncias
competentes, respeitado o ordenamento
jurídico do Estado democrático de direito. A crise atual evidencia a necessidade de uma autêntica e profunda
reforma política, que assegure
efetiva participação popular, favoreça a autonomia dos Poderes da
República, restaure a credibilidade das instituições, assegure a
governabilidade e garanta os direitos
sociais.” (Grifos
nossos).
Porém, sabe-se que durante essa assembleia geral, ocorrida entre os dias
6 e 15 de abril, em Aparecida (SP), houve uma intensa discussão entre o bispado
acerca das interpretações da crise política brasileira e o processo de impeachment. Visões e discursos
diametralmente opostos fizeram do encontro, segundo fontes extraoficiais, um
dos momentos mais tensos da hierarquia católica nas últimas décadas. Impactados
com a tensão e receosos de uma quebra da colegialidade (um arranjo político que
mantém, formalmente, a unidade do episcopado nacional), parece que a CNBB optou
por um silêncio sepulcral desde então.
Não
obstante, cabe uma primeira indagação: tendo em vista os posicionamentos da
CNBB, expressos nas notas acima mencionadas, e frente às várias ações e medidas
anunciadas pelo governo interino, que implicarão em cortes nos programas
sociais (atingindo frontalmente os mais pobres), precarização do emprego e da
previdência (atingindo os trabalhadores, aposentados, beneficiários do Benefício
de Prestação Continuada e pensionistas), restrição de direitos, criminalização
de grupos e movimentos sociais, haveria uma palavra do episcopado brasileiro em
relação às medidas anunciadas pelo governo interino?
A ação política da Igreja católica, a ampliação das bancadas
evangélicas e o recrudescimento dos discursos religiosos moralistas e fundamentalistas
É
fato que a Igreja católica tem perdido prestígio político nos últimos tempos,
apesar de se manter como instituição com grande credibilidade, conforme atestam
pesquisas sobre confiança nas instituições. Por outro lado, fala-se muito da
atuação conservadora e fundamentalista da bancada evangélica nos governos e
parlamentos. Mas, a bem da verdade, o tradicionalismo moral que tem marcado a
atuação da Frente Parlamentar Evangélica, por exemplo, só avança, em boa
medida, graças ao apoio daqueles parlamentares que se autodeclaram católicos.
Segundo
pesquisa feita pelo Portal G1, no início dessa legislatura, o catolicismo era a
religião predominante entre os 513 deputados federais. De 421 deputados que
responderam ao questionário proposto numa enquete pelo Portal, 300 (ou seja,
71,2%) se declararam católicos. Outros 68 (16%) afirmaram ser evangélicos, oito
(1,9%) disseram ser adeptos do espiritismo e apenas um deputado (0,23%) afirmou
ser judeu. Outra pesquisa, do Departamento Intersindical de Assessoria
Parlamentar (DIAP), apontou que a bancada evangélica tem 75 deputados federais
e três senadores. Portanto, cerca de 15% dos deputados são da bancada
evangélica. Significa que os outros 85% não são evangélicos. (Leia mais sobre
esse tema, aqui).
De
acordo com Magali Cunha, docente da Universidade Metodista de São Paulo - que
estuda e pesquisa a bancada evangélica -, o movimento de protagonismo dessa
bancada em direção ao conservadorismo é um capítulo recente da história do
parlamento brasileiro: “é o forte tradicionalismo moral que tem marcado a
atuação da Frente Parlamentar Evangélica, que trouxe para si o mandato da
defesa da família e da moral cristã contra a plataforma dos movimentos
feministas e de homossexuais e dos grupos de Direitos Humanos, valendo-se de
alianças até mesmo com parlamentares católicos, diálogo historicamente
impensável no campo eclesiástico”.
Em
relação à ação da Igreja católica na política institucional, atualmente os
clérigos são proibidos de exercerem mandatos políticos. Se o fizerem, devem
pedir temporariamente licença do exercício da ordem sacerdotal. A Igreja católica estimula os chamados
“leigos” a exercerem os cargos públicos nos governos, parlamentos e partidos
políticos. Porém, tal estímulo não implica numa ação efetiva com vistas a incidir
na escolha, acompanhamento e avaliação daqueles “fiéis” que são eleitos e
assumem cargos e funções públicas.
Na
“vida como ela é”, como dizia Nelson Rodrigues, sabe-se que apesar de
oficialmente a Igreja católica não apoiar partidos nem candidatos, os arranjos
informais, principalmente em períodos eleitorais, são comuns na relação entre
clérigos e candidatos de variados partidos. Os apoios de parte substantiva do
clero ocorrem de diversas formas e estratégias, desnecessárias de serem
descritas aqui.
Note-se,
também, que o discurso de isenção política da hierarquia católica acaba por
favorecer, em grande medida, uma postura descomprometida com aqueles políticos
e partidos que, tradicionalmente, são beneficiados por uma legislação político-eleitoral
altamente favorável à eleição e manutenção em cargos públicos dos caciques
partidários e das elites político-econômicas não comprometidas com
transformações sociais. Acontece, que o seguimento de Jesus Cristo, para ser
genuíno e autêntico, exige participação ativa no trabalho de transformação da
sociedade, conforme podemos observar na Doutrina Social da Igreja.
Para
complicar ainda mais, os pouquíssimos candidatos eleitos que provêm dos setores
populares e de movimentos sociais e eclesiais comprometidos com os mais pobres
e excluídos acabam abandonados pela instituição, sob o argumento segundo o qual
a Igreja não se envolve com a política partidária. O resultado dessa estratégia
é perceptível: uma miríade de políticos eleitos, autodenominados católicos,
cujas práticas nos governos e nos parlamentos são uma lástima e não
representam, nem de longe, os ideais cristãos de justiça, solidariedade,
igualdade, fraternidade, dentre outros.
O
fato objetivo é que muitos governantes e parlamentares são eleitos com votos
arregimentados em espaços eclesiais católicos. Nos governos e nos parlamentos significativa
parte desses católicos tem se aliado às bancadas evangélicas, com interesses
pouco confessáveis.
Diferentemente
das Igrejas pentecostais e neopentecostais que assumiram uma postura
francamente agressiva em relação à ocupação do poder, seja no executivo ou no
parlamento, elegendo representantes, salvo exceções, com visões de mundo e
sociedade conversadoras, machistas, moralistas e eivadas de preconceitos, a Igreja
católica insiste na tese que não se mistura com política partidária.
Paradoxalmente,
a os dirigentes católicos afirmam que a política é a arte do exercício do bem comum,
mas, na prática, passam uma mensagem dúbia, que pode levar muitos fiéis a
interpretarem a política como “coisa suja”.
Portanto,
aqui, cabe uma segunda pergunta, tendo em vista os argumentos acima: será que a
igreja católica não se envolve, mesmo, com a política institucional? Porque, e
importante lembrar que o envolvimento político se dá pela ação ou omissão; pelo
posicionamento ou não posicionamento, etc. Ou seja, ninguém, nem pessoa nem
instituição, é neutro.
Por
fim, tendo em vista as preocupações do Papa Francisco com a situação política
brasileira; o fato de o governo interino ter anunciado uma série de medidas a
penalizarem os pobres, trabalhadores, minorias e, finalmente, a postura liberal
conservadora daqueles que se autodenominam católicos no Congresso, uma última
pergunta: qual seria a mensagem da Igreja à sociedade brasileira neste momento após
o início do processo de impeachment da
presidenta Dilma Rousseff?
Parabenizo ao prof. Robson Sávio pelo provocante artigo. Como cristão comprometido com o seguimento de Jesus, também me preocupo com a temática aqui explicitada. A esperteza dos filhos das trevas, que privatizam a política em vista de seus interesses particulares e espezinhando os direitos dos mais vulneráveis e excluídos, sistematicamente usam da Igreja e se aproveitam de uma pseudo postura de neutralidade. Cabe destacar que Jesus, o profeta da Galileia, foi assassinado pelas forças políticas e religiosas que viram nele, em suas ideias e posturas, uma ameaça ao status quo político e religioso injusto e excludente. Quando temos presente as primeiras medidas do governo golpista, como cristão e cidadão, não posso me calar. Seria cometer o pecado da omissão! Edward Guimarães
ResponderExcluirA ORAÇÃO E O DESTINO DE UM PAIS
ResponderExcluirVIVA JESUS!
Bom-dia! queridos irmãos.
Estaremos destinados a nos tornar uma nação de zumbis?
Nós, brasileiros, passamos por tempos difíceis; inúmeras empresas encerram suas atividades; o desemprego cresce; a inflação aumenta; nossa credibilidade na classe política despenca a cada nova manchete; desconfiamos da mídia; estamos perdendo nossa capacidade de dialogar. Uma parcela dos brasileiros olha para a outra parcela como se fosse descerebrada, pessoas incapazes de pensar, de analisar e de se posicionar de acordo com sua consciência. Perdemos a capacidade de acreditar no futuro, ele nos aterroriza, nos tira o sono. Estaremos destinados a nos tornar uma nação de zumbis? Uma nação controlada pela corrupção? Por pessoas incapazes de perceber que estão jogando fora uma oportunidade de fazer a diferença, de ajudar a transformar nosso país num lugar melhor, mais digno?
Em momentos como este, em que a solução para os problemas parece estar fora do nosso controle, necessitamos recobrar o equilíbrio, reorganizar nossas emoções, afastar-nos do mal.
Jesus, em seu evangelho, falou-nos da importância da oração e nos ensinou como orar. “Por isso vos digo: todas as coisas que vós pedirdes orando, crede que as haveis de ter, e que assim vos sucederão” (Marcos, XI:24).
Nos dois lados desta nação dividida, podemos encontrar pessoas boas, pessoas que acreditam estar certas e que desejam o melhor para a nação. E todas, em suas preces, rogam a Deus que sejam atendidas, que seu ponto de vista prevaleça.
A oração é uma invocação, através dela nos pomos em relação mental com o Ser a que nos dirigimos. Ela pode ter por objetivo um agradecimento, um pedido ou um louvor. Podemos orar por nós mesmos, por outra pessoa, pelos vivos ou pelos mortos. E, para sermos atendidos, não é o mal que é afastado de nós, mas são afastados de nós os pensamentos que nos podem causar mal. Em nada os desígnios de Deus são alterados, nem as leis naturais têm seu curso modificado, mas nós é que somos impedidos de infringir as leis ao termos nosso livre-arbítrio orientado.
O que Deus nos dá, se pedirmos com confiança, é a coragem, a paciência e a resignação. Ele nos concederá os meios de nos livrarmos das dificuldades com a ajuda de ideias que nos são sugeridas pelos Bons Espíritos, de maneira que ficaremos com o mérito da ação.
Desta forma, nossa oração, mesmo que não tenhamos nossos pedidos atendidos, nunca será em vão. Ela nos fortalecerá, recobraremos nosso equilíbrio, reorganizaremos nossas emoções, nos afastaremos do mal. Então, seremos capazes de reconhecer as qualidades daqueles que nos são diferentes, redescobriremos o diálogo como forma de superar diferenças, acreditaremos mais no futuro, recuperaremos nossos sonhos em sonos tranquilos. Não estamos destinados a ser uma nação de zumbis, pois reconhecemos a força da oração.
Maria Angela Miranda
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