Registramos
e cumprimentamos, mesmo que brevemente, o INEP (Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), órgão do Ministério da Educação (MEC)
responsável pelo ENEM, por pautarem temas tão relevantes e fundamentais para a
democracia e a igualdade de direitos em nosso país, no Exame Nacional do Ensino
Médio.
Na
prova de ontem, sábado (24/10), teve questões versando sobre feminismo (com
texto de Simone de Beauvoir), socialismo, África, críticas ao etnocentrismo
ocidental (com texto do grande filósofo Slavoj Zizek).
E
hoje, domingo (25/10) para coroar o ENEM 2015, a redação pautando a
PERSISTÊNCIA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER em nossa sociedade.
Vejam a relevância do problema. Segundo o Fórum
Brasileiro de Segurança Pública, considerando somente os boletins de ocorrência
registrados, em 2014, aconteceu um estupro a cada 11 minutos no Brasil. Porém,
o Fórum acredita que devam ter ocorridos entre 136,1 mil e 476,5 mil estupros
no Brasil em 2013. A projeção mais “otimista” se baseia em estudos
internacionais, como o “National Crime Victimization Survey (NCVS)”, que
apontam que apenas 35% das vítimas desse tipo de crime costumam prestar
queixas. Já a pior previsão, e provavelmente mais próxima da realidade, se
apoia no estudo “Estupro no Brasil: uma radiografia segundo os dados da Saúde”,
do Ipea, que aponta que, no Brasil, apenas 10% dos casos de estupro chegam ao
conhecimento da polícia.
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