Você
não precisa ser católico e/ou religioso para concordar com o título deste
artigo. Mas, certamente, só ratificará essa afirmativa se (1) acompanhar o
cenário das disputas reais e simbólicas no plano internacional e (2) se o fizer
extrapolando a cobertura da mídia empresarial (totalmente comprometida com o
capitalismo rentista, concentrador de riqueza e usurpador das democracias
contemporâneas). Afinal, esse despotismo financeiro que governa as economias capitalistas
contemporâneas é classificado por Francisco como “uma economia que mata”.
Não
obstante a guerra patrocinada contra Francisco em vários fronts, por
poderosas corporações internacionais (bancos; agronegócio; indústrias das
armas, farmacêutica e do petróleo; think tanks norteamericanos
propulsores do ultraliberalismo na América Latina - liderados por
megaempresários católicos e protestantes; políticos de extrema-direita e grupos
religiosos obscurantistas...), o Papa continua a mobilizar um imenso
contingente de líderes e grupos sociais de todas as Nações que se somam no enfrentamento,
de variadas formas, da chamada “onda ultraconservadora”.
Remando
corajosamente contra a maré, Francisco tem se empenhado em ações estratégicas
que já redundam em poderosos focos de enfrentamento ao ultraliberalismo.
Abaixo, listamos algumas das iniciativas de Francisco que tem repercutido globalmente
e extrapolado o “mundo” católico.
1. Protagonismo
dos Movimentos Populares: para contrapor a corrosão da política tradicional e
os limites da democracia deliberativa (que sucumbiram à “economia que mata”), o
Papa promoveu três encontros internacionais, elegendo como interlocutores
privilegiados as lideranças dos movimentos populares.
Francisco
percebeu que os chefes dos poderes públicos, de modo geral, estão altamente
deslegitimados pelo fato de terem se capitulado à lógica do dinheiro e do
mercado, afastando-se cada vez mais dos clamores dos pobres, servindo a um “sistema
econômico que põe os benefícios acima do homem [...], que considera o ser
humano como um bem de consumo, que se pode usar e depois jogar fora. Servem a
um sistema centrado no ‘deus dinheiro’ a saquear a natureza para manter o ritmo
frenético de consumo que lhe é próprio.
Um sistema global destrutivo “que impôs a lógica do lucro a todo o
custo, sem pensar na exclusão social nem na destruição da natureza”. Assim,
Francisco preferiu se aliar aos líderes dos movimentos populares que “expressam
a necessidade urgente de revitalizar as nossas democracias tantas vezes
desviadas por inúmeros fatores.”[1]
Nos
três encontros com os movimentos populares[2], Francisco tocou no ponto
central desse sistema político-econômico que produz exclusão e múltiplas formas
de violências. As últimas crises econômicas mundiais serviram para aumentar a
concentração de riqueza e renda em todo o planeta. Atualmente, vinte e oito
grandes grupos financeiros manejam quase dois trilhões de dólares por ano. O
balanço desses megaconglomerados financeiros que têm, entre outros, o Goldman
Sachs, o JP Morgan Chase, o Bank of America, o Citigroup, o Santander, entre
outros, mostra um patrimônio (não produtivo) de cinquenta trilhões de dólares,
sendo que o PIB mundial está na casa dos 75 trilhões. Esses conglomerados detêm
cerca de 68% do fluxo mundial do capital.[3]
O
sistema econômico atual se sobrepõe à política e aos interesses dos povos e das
nações e funciona graças à corrupção generalizada: nada menos que 25% do
Produto Interno Bruto mundial são remetidos a paraísos fiscais por grandes
empresas e instituições financeiras. Estima-se que a cada ano dezoito
trilhões de dólares seguem o caminho da sonegação de impostos. No Brasil a
estimativa de evasão fiscal entre 2003 e 2012 foi de 220 bilhões de dólares.
A
corrupção passou a ser a mola propulsora do capitalismo rentista, especulador e
concentrador de renda e riqueza que viceja nos últimos tempos. A concentração
de poder em pouquíssimos conglomerados e a fusão ou compra de grandes bancos
desencadeados pela crise de 2008 determina o modo de funcionamento de um
sistema que precisa corromper governos (agentes públicos) para subsistir.
O
elemento profético e simbólico da opção de Francisco pelos movimentos populares
é a explicitação da mais dura e contundente crítica ao capitalismo em sua fase
atual, marcada pelo rentismo especulativo que promove a mais avassaladora
política de acumulação de riqueza e renda da história, a privilegiar
pouquíssimos.
Em
contraposição a esse sistema global idólatra “que exclui, degrada e mata”, o
Papa Francisco propõe uma nova governança global protagonizada pelos movimentos
populares: “atrevo-me a dizer que o futuro da humanidade está, em grande
medida, nas vossas mãos, na vossa capacidade de vos organizar e promover
alternativas na busca diária dos ‘3 T’ (terra, teto e trabalho) e, também, na
vossa participação como protagonistas nos grandes processos de mudanças
nacionais, regionais e mundiais. Não se acanhem”. [4]
2. A economia de
Francisco: noutra grande articulação internacional, o Papa
promoverá em Assis, na Itália, de 26 a 28 de março do próximo ano, um encontro
mundial para repensar a economia global.
Serão
convidados jovens economistas de até 35 anos, empresários e militantes de
movimentos comprometidos com mudanças sociais. Segundo Francisco, há que se
buscar “uma economia diferente, que faz viver e não matar; inclusiva; que
humaniza e não desumaniza; que cuida da Criação e não a depreda. Um evento que
nos ajude a estar juntos e nos conhecer, e que nos leve a fazer um ‘pacto’ para
mudar a atual economia e dar uma alma à economia do amanhã.”
Para
o encontro em Assis, já confirmaram presença: Muhammad Yunus, conhecido como “o
banqueiro dos pobres” e Amartya Sen, professor de filosofia e economia em
Harvard (EUA) e Cambridge (Reino Unido), ambos agraciados com prêmio nobel. Outros
renomados especialistas em desenvolvimento sustentável e economia solidária,
como Bruno Frey, suíço; Carlo Petrini, italiano fundador do Slow Food;
Kate Raworth, inglesa; Jeffrey Sachs, estadunidense interessado nas causas da
pobreza; a indiana Vandana Shiva, diretora do Fórum Internacional sobre Globalização
e Stefano Zamagni, italiano estarão presentes no evento.
O
objetivo do encontro é promover intercâmbios entre teoria e prática, de modo a
elaborar uma proposta alternativa à economia hegemônica que, como afirmado anteriormente,
gera exclusão social e enriquecimento nababesco de uns poucos. O Papa confia
que esse encontro apontará as linhas gerais de uma nova economia: justa,
sustentável e inclusiva.
Em
vários países, inclusive aqui no Brasil, grupos de trabalho estão promovendo
eventos, fóruns, seminários para discutir uma nova economia, propor novos
currículos para Universidades que abordem modelos inclusivos (de economia),
mapear e promover experiências de economia solidária, criativa, inclusiva,
justa.
Essa
iniciativa de Francisco aponta, objetivamente, para a proposição de uma nova
engenharia de governança global que contraponha o modelo atual, no qual apenas 1%
mais rico é dono de metade da riqueza do mundo e as 100 pessoas mais ricas
possuem, juntas, mais do que quatro bilhões dos mais pobres.[5]
3. Um pacto educativo
global: noutra frente sociopolítica, Francisco articula um
pacto educativo entre as nações. Para tanto, promoverá um encontro no Vaticano,
em 14 de maio de 2020.
Estão
convidados profissionais que trabalham com a educação de várias partes do mundo.
Como explica o Papa, numa mensagem divulgada para lançar esse evento, trata-se
de um “encontro para reavivar o compromisso em prol e com as gerações jovens,
renovando a paixão por uma educação mais aberta e inclusiva, capaz de escuta
paciente, diálogo construtivo e mútua compreensão. Nunca, como agora, houve
necessidade de unir esforços numa ampla aliança educativa para formar pessoas
maduras, capazes de superar fragmentações e contrastes e reconstruir o tecido
das relações em ordem a uma humanidade mais fraterna”.
O
Pacto Global pela Educação faz parte dos esforços de Francisco para promover
uma ampla discussão sobre os efeitos da tecnologia, do consumismo e da cultura
do imediatismo/individualismo na sociedade contemporânea: “O mundo
contemporâneo está em transformação contínua, vendo-se agitado por variadas
crises. Vivemos uma mudança epocal: uma metamorfose não só cultural, mas também
antropológica, que gera novas linguagens e descarta, sem discernimento, os
paradigmas recebidos da história. A educação é colocada à prova pela
rápida aceleração que prende a existência no turbilhão da velocidade
tecnológica e digital, mudando continuamente os pontos de referência. Neste
contexto, perde consistência a própria identidade e desintegra-se a estrutura
psicológica perante uma mudança incessante”, escreveu o Papa na mensagem.
Francisco
propõe três desafios a serem enfrentados pela educação: primeiro, ter a coragem
de colocar no centro a pessoa; segundo, a coragem de investir as melhores
energias com criatividade e responsabilidade e,
finalmente, a coragem de formar pessoas disponíveis para se colocarem ao
serviço da comunidade, promovendo uma “cultura do encontro”.[6]
4. Um novo humanismo:
as iniciativas acima fazem parte de um conjunto de ações que Francisco tem
liderado, globalmente, para enfrentar a xenofobia, a exclusão social, os
nacionalismos, populismos e totalitarismos que ressurgem em várias partes do
mundo na atualidade.
O
Papa sempre enfatiza o tema do trabalho humano como um daqueles direitos
sagrados que deve ser preservado em cada pessoa. Frente às concreções práticas
de teses neoliberais, que sufocam e oprimem as pessoas em suas experiências
profissionais, Francisco clama por um “novo humanismo, que coloque fim ao
analfabetismo da compaixão e ao progressivo eclipse da cultura e da noção de
bem”.
Num prefácio de uma recente publicação, Francisco
reconhece que os movimentos sociais têm a capacidade de uma articulação
transnacional e transcultural: aquele “modelo poliédrico” ao qual fez
referência em sua exortação apostólica Evangelii Gaudium (nº 2),
e que se constitui a partir de um paradigma social baseado na cultura do
encontro. Para o Papa, esta pluralidade de movimentos, cujas experiências de
luta pela justiça ficam plasmadas no livro, “representam uma grande alternativa
social, um grito profundo, um marco, uma esperança de que tudo pode mudar”.
Reafirmando
sua convicção de que a humanidade enfrenta atualmente uma transformação de
época caracterizada pelo medo, pela xenofobia e pelo racismo, Francisco afrima
que os “movimentos populares podem representar uma fonte de energia moral para
revitalizar nossas democracias”, numa perspectiva humanista.
De
fato, em meio a uma sociedade global ferida por uma economia cada vez mais
distante da ética, os movimentos sociais podem exercer a função de um antídoto
contra os populismos e a política do espetáculo, já que privilegiam a
participação da cidadania, com uma consciência mais positiva sobre o outro.
Essa é a consequência da promoção de uma “força do nós”, que se opõe à “cultura
do eu”.
Numa
carta intitulada "A comunidade humana" (Humana communitas)
publicada em 15 de janeiro deste ano, Francisco pede para "restaurar a
importância desta paixão de Deus pela criatura humana e o seu mundo”. No nosso
tempo, escreve o Papa “a Igreja é chamada a relançar com força o humanismo da
vida que irrompe desta paixão de Deus pela criatura humana. O compromisso de
entender, promover e defender a vida de todo ser humano é impulsionado por este
amor incondicional de Deus".
5. Sínodo da Amazônia:
não obstante a guerra midiática, regada com muito dinheiro dos opositores de Francisco
-- encabeçada por Steve Bannon[7] e grupos religiosos
ultraconservadores --, e a batalha política patrocinada pelo governo do Brasil
e por grupos de ultradireita dentro e fora do catolicismo contra o encontro que
acontece nesses dias em Roma, as notícias diárias do Sínodo dão conta da
configuração de um grande pacto internacional em defesa da Amazônia: dos povos locais (os indígenas e sua cultura)
e da biodiversidade.
É simbólico o fato de o Sínodo ter extrapolado o campo
eclesial e se tornado, internacionalmente, um foco de discussão sobre o modelo
predatório do modelo econômico atual que destrói não somente a natureza, mas as
culturas e os povos originários, beneficiando somente aquela ínfima parcela da
população opulenta, sustentada pelo modelo da “economia que mata”.
Os resultados do Sínodo certamente transbordarão às ações
da Igreja Católica na região panamazônica e já sinalizam outro pacto global em
defesa da “Casa Comum”[8], como vem pregando
Francisco desde sua assunção ao trono papal.
6. Reformas na Igreja:
como se não bastassem essas iniciativas que posicionam Francisco como o grande
líder mundial contemporâneo, o Papa “que veio do fim do mundo” promove uma
árdua empreitada de reforma da Igreja Católica.
Enfrentando
com sobriedade e destemor todo o tipo de vicissitudes patrocinadas por setores
recalcitrantes do catolicismo (clero e laicato), Francisco denuncia o
clericalismo, a opulência de setores herméticos da igreja, as perversões
sexuais de parte do clero e os escândalos financeiros que, volta e meia,
envolvem parte da Cúria Romana.
Obviamente, o Papa percebe que é preciso uma guinada no
modelo de “igreja triunfante” para uma igreja em saída “para as periferias
geográficas existenciais”: “prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada
por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a
comodidade de se agarrar às próprias seguranças” (EG 49).
“Francisco
pensa a Igreja “sal da terra”, “luz do mundo” e “fermento na massa”, muito
distinta da Igreja societas perfecta, em conluio com os poderosos,
contaminada pelo vírus antievangélico do egoísmo, do autoritarismo e do
liturgismo, com o narcisismo que o acompanha, levando-a a se voltar para si
mesma, num fechamento que a torna indigna do nome cristão. [9]
7. Relação com outras
religiões: ao longo de seu pontificado, em vários eventos no
Vaticano e em todas as suas viagens internacionais, Francisco tem se disposto a
dialogar fraternalmente com todos os líderes religiosos.
“Desde
sua eleição, Francisco já visitou (em 2014) a Turquia (maioria muçulmana), a
Albânia (também de maioria muçulmana); a Coreia do Sul (maior religião é a
budista, com ¼ da população); a Jordânia (maioria muçulmana); Israel (de
maioria judaica) e a Palestina (de maioria muçulmana). Nessa viagem à Terra
Santa, Francisco se encontrou com dois grã-rabinos judaicos e com o grã-mufti
muçulmano na esplanada das mesquitas em Jerusalém. Em 2015 visitou a Bósnia e
Herzegovina (maior parte muçulmana); o Sri Lanka (de maioria budista). No Sri
Lanka se encontrou inclusive com representantes das quatro grandes tradições
religiosas do país: Budismo, Hinduísmo, Islã e Cristianismo. No ano de 2016,
além de ter participado do encontro em Assis, na jornada mundial pela paz, onde
se encontrou com representantes de diversos grupos cristãos, mas também
representantes do Judaísmo, Islã e Tendai, o Papa Francisco foi ao Azerbaijão,
de maioria muçulmana, onde manteve um encontro com estes fiéis na mesquita da
capital Baku. No ano de 2017, Francisco foi a Myanmar (maioria budista),
Bangladesh (maioria muçulmana) e Egito (também de maioria muçulmana). Nessa
viagem ao Egito, o Papa Francisco realizou um pronunciamento que pode ser
considerado o seu programa para o diálogo inter-religioso. E, finalmente, no
ano de 2019, Francisco já viajou aos Emirados Árabes Unidos, de maioria
muçulmana e ao Marrocos, país de quase totalidade muçulmana. No Marrocos foi
emblemática a apresentação musical feita com a presença do Papa Francisco e
representantes de diversas tradições religiosas, onde foi apresentada uma peça
com uma cantora judia, uma cristã e um cantor muçulmano. Esta lista de viagens
é apenas uma pequena amostra tanto da centralidade que o tema do diálogo
inter-religioso tem em seu pontificado, como também a forma como tem feito
Francisco: ir ao encontro, visitar e dialogar no espaço de tradições religiosas
diversas da sua. Nestes encontros, o foco dos pronunciamentos e das
preocupações do Papa não tem sido a diferença religiosa, mas a busca do
engajamento e ação em conjunto em prol da humanidade e dos problemas que a
assolam. Assim, disse o Papa no encontro com os muçulmanos no Egito”.[10]
Num
dos encontros mais importantes do seu pontificado, em viagem apostólica aos Emirados
Árabes Unidos, de 3 a 5 de fevereiro deste ano, o Papa assinou o “Documento
sobre a fraternidade humana em prol da paz mundial e da convivência comum”,
juntamente com o Grão Imã da Mesquita de Al-Azhar, no Egito, Sheik Ahmad
al-Tayyeb. O acordo foi uma forma de celebrar o gesto de São Francisco de Assis
de visitar a região, de maioria islâmica (muçulmana), 800 anos atrás. E a
visita de Francisco foi a primeira de um Papa à Península Arábica, berço do
islamismo.
O
documento diz que Al-Azhar e o Vaticano, muçulmanos e católicos, vão, juntos,
lutar contra o extremismo religioso e que nenhuma religião deveria, nunca,
incitar violência, ódio ou guerra. A assinatura foi feita diante líderes
religiosos de todo o mundo.
Esses
breves apontamentos confirmam a liderança inconteste de Francisco no cenário
internacional. O Papa, apesar de octogenário, é a maior liderança propositiva (com
palavras e gestos concretos) da atualidade. Enfrenta uma onda massificadora e
obscurantista que, utilizando de pseudodiscursos religiosos clamam por uma
“recristianização” do Ocidente a impor uma homogeneização violenta, excludente,
geradora de morte.
Francisco
constrói pontes: com gestos e palavras é um líder com ações propositivas; aponta,
com coragem, os atores que patrocinam as guerras, o comércio de armas e que
lucram com a cultura da morte e do descarte; confronta os líderes xenofóbicos e
racistas que querem erguer muros e promover políticas de criminalização dos
migrantes, dos refugiados, dos pobres, dos movimentos sociais; aponta os males
de uma governança global que, desprezando a democracia de fato, sucumbiu ao
capitalismo concentrador de riqueza e renda e gerador da miséria, exclusão e
múltiplas formas de violências.
Viva
Francisco!
[1] SOUZA, R. S. R. A política de
Francisco. IN: JÚNIOR, F.de A.; ABDALLA, M.; SOUZA, R. S.R. (orgs). Papa
Francisco com os movimentos populares. São Paulo: Paulinas, 2018.
[2] Ocorridos em Roma (2014), na
cidade boliviana de Santa Cruz de La Sierra (2015) e novamente
em Roma (2016).
[3] Utilizamos dados sobre a concentração de
riqueza das seguintes fontes: relatório da Oxfam, de 2017; DOWBOR, Ladislau, El capitalismo cambió las reglas, la
politica cambió de lugar, Nueva Sociedad, 2016; CACCIA-BAVA, Silvio, “A
corrupção e o impasse político”, texto impresso distribuído no encontro do
Movimento Nacional de Fé e Política, realizado em maio 2017, no Rio de Janeiro;
Ministério das Relações Exteriores, “Temas orçamentários e administrativos da
ONU”.
[4] PAPA FRANCISCO. Discurso do Papa Francisco no II
Encontro Mundial dos Movimentos Populares. Coleção Sendas. Volume 4.
Edições CNBB, 2015.
[5]
“Os 26 mais
ricos do mundo concentram a mesma riqueza dos 3,8 bilhões mais pobres”.
Disponível em: https://oglobo.globo.com/economia/os-26-mais-ricos-do-mundo-concentram-mesma-riqueza-dos-38-bilhoes-mais-pobres-23391701
. Acesso em 20/10/2019.
[6] Veja a mensagem do Papa sobre o
Pacto pela Educação, aqui: https://youtu.be/ZgmRnQgr5C0
[7] É um dos líderes mundiais dos
movimentos de extrema-direita. Segundo o jornal The Guardian, Bannon
declarou ao ex-ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, que o Papa
Francisco “é o inimigo” e deve ser atacado. O ex-estrategista chefe de
Donald Trump e mentor do bolsonarismo aconselhou o ministro do Interior
italiano a atacar o Papa Francisco sobre a questão da migração,
segundo fontes próximas à extrema direita italiana.
“Bannon aconselhou o próprio Salvini que o papa atual é uma
espécie de inimigo. Ele sugeriu, com certeza, atacar frontalmente”, disse o
jornal inglês The Guardian, citando declaração de um representante da Liga
anti-migração da Itália. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/592797-fracassou-o-contra-sinodo-sobre-a-amazonia-programado-em-roma-por-bolsonaro.
Acesso em 20/10/2019.
[8] Citando o Papa Francisco em sua encíclica “Laudato
Si: sobre o cuidado da Casa Comum” (2015): “Nunca maltratamos e ferimos a nossa Casa Comum como nos
últimos dois séculos… Essas situações provocam os gemidos da irmã Terra, que se
unem aos gemidos dos abandonados do mundo, com um lamento que reclama de nós
outro rumo” (n.53).
[9] Vitório, Jaldemir. Igreja em
saída: para onde? Disponível em: https://faje.edu.br/periodicos/index.php/annales/article/download/3628/3708/.
Acesso em 20/10/2019.
[10] Papa Francisco e o Diálogo
inter-religioso. Artigo de Frei Volney J. Berkenbrock, disponível em : https://franciscanos.org.br/vidacrista/papa-francisco-e-o-dialogo-inter-religioso/.
Acesso em 20/10/2019.
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